Comprometimento cognitivo precoce após acidente vascular cerebral em pacientes internados no IMIP: um estudo transversal

Abstract

RESUMO Introdução: estima-se que um terço dos pacientes tem comprometimento cognitivo pós-AVC. Objetivo: avaliar comprometimento cognitivo precoce pós-AVC. Métodos: estudo transversal, Agosto/2018 a Julho/2019, incluindo pacientes >18 anos com AVC, sem demência ou retardo mental. Utilizamos dados dos prontuários médicos, escalas National Institute of Health Stroke Scale, Mini-Mental State Examination e questionário Blessed. Resultados: incluímos 93 dos 102 pacientes recrutados. Foram frequentes os idosos, pardos, baixas renda e escolaridade, hipertensos, dentre outros fatores de risco para AVC. Nessa amostra 52,7% tiveram um AVC leve e 75,3% apresentaram disfunção cognitiva pós-AVC, com idade-média mais alta e mais casos de baixa escolaridade, maior gravidade do AVC e mais perda funcional prévia comparado com aqueles sem disfunção cognitiva. Discussão: disfunção cognitiva pós-AVC foi alta, fato comum na fase precoce, que melhora nos primeiros meses. Idosos, baixa escolaridade, perda cognitiva prévia e gravidade do AVC são descritos como fatores preditores. Conclusão: três quartos dos pacientes pós-AVC não-grave apresentaram disfunção cognitiva, mais idosos, baixa escolaridade, maior gravidade do AVC e perda funcional prévia. Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Comprometimento Cognitivo. Mini exame do estado mental. Epidemiologia.