Avaliação da resposta da indução imunológica nos pacientes submetidos a transplante renal pediátrico no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) - estudo descritivo

Abstract

RESUMO OBJETIVO: Descrever os riscos e benefícios da terapia de indução da imunossupressão e avaliar a incidência de complicações no transplante renal pediátrico no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira. MÉTODO: estudo descritivo, retrospectivo, do tipo transversal, a partir da análise dos prontuários dos pacientes submetidos a realização de transplante renal entre janeiro de 2016 e junho de 2021. Foram observados aspectos relacionados aos dados pré-cirúrgicos, cirúrgicos e pós-cirúrgicos. A análise dos dados foi feita a partir do programa STATA R versão 4.0.0. RESULTADOS: Foram incluídos 41 pacientes no estudo, 16 utilizaram Timoglobulina e 22 Basiliximab. Dos 38 pacientes submetidos à indução imunológica, 18,4% apresentaram rejeição do enxerto. Dentre os que apresentaram rejeição, 85,71% usaram Basiliximab, enquanto 14,29% usou Timoglobulina. Com relação à taxa de filtração glomerular a média foi de 9,21ml/min no pré-transplante, no sétimo dia pós-operatório de 23,83ml/min e no 15º dia também foi de 42,34 ml/min. Dos pacientes que utilizaram Basiliximab, 47,37% apresentaram intercorrências pós-transplante, enquanto com a Timoglobulina 52,63%. Todos os desfechos com p>0,05. CONCLUSÃO: Nossos achados indicam que não há diferença significativa na ocorrência de rejeição, intercorrências pós-transplante e na taxa de filtração glomerular entre os imunossupressores, sendo então a Timoglobulina uma opção mais viável no custo-benefício, por ser custeada pelo Sistema Único de Saúde. PALAVRAS-CHAVE: transplante renal, crianças, agentes imunossupressores, complicações operatórias, complicações pós-operatórias.