Conhecimento, atitude e prática dos profissionais de enfermagem na assistência aos pacientes com trauma cranioencefálico

Abstract

RESUMO Cenário: O Trauma Craniencefálico (TCE) é qualquer agressão que acarreta lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. As consequências de seu quadro patológico podem persistir e progredir com o passar do tempo e as vítimas que sobrevivem podem apresentar deficiências e incapacidades temporárias ou permanentes, interferindo na capacidade do indivíduo de desempenhar suas funções. Sistematizar a assistência à vítima de TCE facilita as ações desenvolvidas pelo enfermeiro. Objetivo: Determinar o nível de conhecimento, atitude e prática dos profissionais de enfermagem na assistência aos pacientes com trauma cranioencefálico na unidade de atendimento de emergência de um Hospital de Referência do Recife. Materiais e métodos: Estudo transversal descritivo, de caráter quantitativo, do tipo Inquérito CAP, realizado no período de novembro a dezembro de 2015 através de questionários preenchidos pelos profissionais da equipe de enfermagem da Unidade de Trauma Adulto do Hospital da Restauração do Recife. Foram coletadas variáveis sociodemográficas, além de tempo de experiência na função, presença ou ausência de capacitação/treinamento para assistência às vítimas de TCE. Os dados foram digitados no Excel, analisados conforme suas variáveis e dispostos em gráfico e tabelas. Resultados: Dos 07 enfermeiros que participaram do presente estudo, 57,14% dispõe de título de especialista e cerca de 01 a 10 anos de experiência na função (71,42%). Enquanto 80% da categoria de técnicos de enfermagem, possui somente o nível técnico, ou seja, sem outros graus de escolaridade, porém com o tempo de experiência na função correspondente a 10 anos ou mais (32,5%). Em relação à assistência ao paciente vítima de TCE, foi analisado que a maioria da equipe - 57,14% dos enfermeiros e 65% dos técnicos de enfermagem - recebeu algum tipo de capacitação para atuar nestes casos, e entre as condutas mais utilizadas pelos profissionais destacaram-se a realização da Escala de Glasgow, o auxílio nas intubações e monitorização dos pacientes e a punção de acessos calibrosos. Conclusão: O presente estudo demonstra a importância da capacitação dos profissionais de saúde, e em especial da equipe de enfermagem, para uma adequada assistência às vítimas de trauma cranioencefálico, favorecendo um tempo de sobrevida e melhoria do prognóstico para o paciente, principalmente nas Unidades de Saúde de referência para tal situação. Palavras-chave: Equipe de enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Traumatismos encefálicos.