Guarda e descarte de medicamentos em domicílio

Abstract

RESUMO: O objetivo do estudo foi analisar o perfil da população com acesso ao medicamento, avaliando o nível de informação desta população sobre o uso racional de medicamentos, armazenamento e seu descarte correto e, educar e minimizar as consequências do uso inadequado do medicamento. Foi realizado um estudo transversal, com amostra intencional (pacientes da farmácia ambulatorial do hospital Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira, IMIP, Recife, PE) no período de janeiro/abril de 2014. Os medicamentos vencidos foram arrecadados e classificados seguindo o sistema do Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Foram entrevistados 516 voluntários, tendo um predomínio do sexo feminino (79,46%). Do total, apenas, 39,53% tinham crianças em sua moradia. Foram verificados que 44,77% adquiriram os medicamentos na farmácia comum, 58,14% costumam tomar medicamento sem prescrição médica, sendo os analgésicos (37,21%) os mais administrados. Sobre armazenamento no domicílio, 88,37% possuem medicamentos na “farmácia caseira”, 40,31% guardam seus medicamentos no quarto. Do total de entrevistados, 29,84% informaram deixar os medicamentos ao alcance de crianças. Já o descarte de medicamentos, 46,90% guardam o medicamento na validade, 64,15% jogam no lixo doméstico quando perde a validade. Em relação aos medicamentos descartados, na farmácia ambulatorial, foram arrecadadas 5.587 unidades farmacêuticas, sendo os comprimidos (51,56%), os mais descartados. Foram recolhidos, 23,07% de unidades para tratamento do sistema digestório, 21,32% para o aparelho cardiovascular. É necessário se investir em campanhas de educação e conscientização da população sobre o uso racional dos medicamentos, o seu descarte, visando à redução da automedicação e os riscos de contaminação ao meio ambiente. Palavras-chave: Preparações farmacêuticas. Automedicação. Resíduos domésticos.