Impacto físico-funcional em adultos com covid-19 em um hospital referência na cidade do Recife-PE: estudo transversal

Abstract

RESUMO Cenário: pacientes com comorbidades associadas a coronavirus disease19 (COVID-19) podem desenvolver a forma mais grave da doença ocasionando longos períodos de internação hospitalar com risco de sequelas e alterações funcionais. Objetivo: analisar o impacto físico-funcional da COVID-19 em pacientes após a alta da terapia intensiva. Método: estudo transversal realizado no Hospital Provisório do Recife II (HPR), no período de junho de 2020 a agosto de 2021. Foram incluídos adultos e idosos com COVID-19 internados nas enfermarias, no momento pós alta da unidade de terapia intensiva (UTI) e excluídos aqueles incapazes de realizar os testes físicos. Foram analisados os tempos de internamento na UTI e enfermaria, uso de ventilação mecânica, dados clínicos, de força muscular periférica e funcionalidade. Resultados: incluídos na pesquisa 49 voluntários dos 311 analisados, que atenderam aos critérios de elegibilidade, sendo a média de idade 58,6±14 anos. 67,2% da amostra tinha duas ou mais comorbidades e as mais prevalentes foram Hipertensão Arterial sistêmica (71,4%), Diabetes Mellitus (45%) e Obesidade (26,5%). A média geral do MRC foi de 49±12 e do nível funcional 4, já o tempo de internamento na UTI foi de 12±6,8 dias e de ventilação mecânica foi de 11 dias (22,4%). Conclusão: Em adultos e idosos com COVID-19 analisados na alta da UTI observou-se redução da funcionalidade. As mulheres apresentaram um menor nível funcional comparado aos homens e dentre as principais comorbidades, a Diabetes Mellitus foi um fator preditor para maior tempo de internamento. Além disso, o uso da ventilação mecânica influenciou no tempo total de internamento hospitalar. Palavras-chave: COVID-19; força muscular; reabilitação; Fisioterapia.