Conhecimento e perspectivas acerca do cigarro eletrônico de estudantes de medicina de uma faculdade privada no Recife

Abstract

Introdução: O consumo de cigarro eletrônico cresce entre adultos jovens, tendo como principal atrativo a falsa informação de ser menos danoso que o tradicional. Apesar de ser tido como mais seguro, seus danos ainda não são bem estabelecidos e o conhecimento dos profissionais de saúde sobre esse dispositivo é precário. Diante desse cenário, torna-se importante identificar o conhecimento dos estudantes de Medicina sobre o uso e os danos do cigarro eletrônico. Objetivo: Avaliar o conhecimento e a percepção de estudantes de Medicina sobre o uso de cigarro eletrônico. Métodos: Estudo do tipo corte transversal, com componente descritivo e analítico, realizado entre o período de setembro de 2020 a setembro de 2021 na Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). A amostra foi composta por estudantes que estão cursando o segundo, quarto e sexto ano do curso de Medicina, os quais foram selecionados e captados via mensagem online, com envio do questionário nos grupos de suas turmas, e via e-mail, com auxílio da equipe de marketing da FPS. Os dados provenientes dos questionários foram tabulados em um banco específico e analisados por um estatístico profissional, por meio do software Google Forms. Resultados: Foram obtidas 218 respostas, s endo 73 do segundo ano, 98 do quarto ano e 47 do sexto ano . Apenas 24,31% estudantes acreditam que a venda seja proibida em qualquer faixa etária, quase a totalidade dos participantes concorda que seja mais aceito quando comparado com o cigarro comum, em relação à abordagem do tema durante a graduação 57,33% estudantes discordam que esse assunto tenha sido abordado em aula, 88,53% participantes acreditam não terem recebido informações suficientes até o atual momento da graduação; 87,15% graduandos discordam que os conhecimentos obtidos são suficientes para a sua prática profissional. Conclusão: Nota-se uma lacuna no conhecimento à respeito do cigarro eletrônico entre os estudantes, independente da fase da graduação em que se encontram, e a necessidade de intervenções para sanar esse déficit. Palavras-chave: Sistemas Eletrônicos de Liberação de Nicotina; Nicotina; Estudantes; Educação de Graduação em Medicina