Impacto da posição prona em pacientes ventilados mecanicamente com insuficiência respiratória em decorrência da Covid-19

Abstract

Cenário: O COVID-19 é uma infecção viral causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. É uma patologia sistêmica, que tem como sintomas manifestações trombóticas, hipóxia grave, sepse, insuficiência renal e, em casos graves, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). Nos pacientes com hipoxemia refratária ao uso da oxigenoterapia e ventilação mecânica é indicado o uso da posição prona. Objetivo: Avaliar o efeito da posição prona no desfecho dos pacientes com insuficiência respiratória em decorrência do COVID-19 que necessitaram de assistência ventilatória mecânica invasiva. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, observacional, realizado nas UTIs COVID 1,2 e 4 do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. Foram registrados a relação PaO2/FiO2 dos pacientes em ventilação mecânica com COVID-19 positivo, e que necessitaram da posição prona durante internamento na UTI. Resultados: Nesse estudo, 44 pacientes fizeram uso da estratégia da posição prona e ao correlacionar o valor da relação PaO2/FiO2 com o desfecho não observamos relação significativa. Conclusão: No presente estudo, a utilização da posição prona não apresentou alteração no desfecho clínico do paciente quando relacionamos com a relação PaO2/FiO2. Apesar de ainda não existir diretrizes para o estabelecimento da quantidade de ciclos de prona que devem ser realizados, bem como o tempo de prona máximo que o paciente deve ficar. Logo, sugere-se que mais pesquisas sejam realizadas para que possam ser desenvolvidos protocolos, visando de aprimorar a prática da posição prona em pacientes em assistência ventilatória mecânica diagnosticados com COVID-19.

Palavras-chaves: Infecções por Coronavírus; Infecções Respiratórias; Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto; Decúbito Ventral.