Análise do padrão de marcha de indivíduos Acidente Vascular Cerebral (AVC) para desenvolvimento de neuro-órtese para ativação de tibial anterior

Abstract

RESUMO Objetivo: Analisar o perfil de marcha de indivíduos com Acidente vascular cerebral (AVC), para posterior desenvolvimento de neuro-órtese para ativação do músculo Tibial Anterior. Métodos: Foram avaliados pacientes com sequela motora decorrentes de AVC, apresentando pé equino e alteração de marcha, que buscaram o serviço de fisioterapia da clínica FisioFPS. Para avaliação, foram aplicados os testes Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes (TSLCV), Timed up and Go (TUG) e caminhada na esteira, sendo feita a captação de angulação e aceleração por meio da neuro-órtese em desenvolvimento. Resultados e discussão: 17 pacientes participaram da pesquisa de acordo com os critérios de elegibilidade. O TUG médio foi de 13,12s com desvio padrão de 9,53s, o paciente mais lento demorou 49,60s e o mais rápido 9,14s. Já no (TSLCV) o tempo médio foi de 15,49s com desvio padrão de 4,87s, o participante mais lento demorou 30,80s e o mais rápido 9,19s. Quanto a caminhada na esteira a velocidade foi controlada até atingir 2 km/h com velocidade média de 1,95 km/h com desvio padrão de 0,15 km/h. Já a velocidade angular da articulação do joelho durante essa marcha teve uma média de 321,69 deg/s, a mínima de 141,7 deg/s e a máxima de 548 deg/s. Considerações finais: Os valores encontrados nos testes de TUG e TSLCV condizem com aqueles da literatura para pessoas pós AVC. A utilização da velocidade angular como parâmetro de avaliação da marcha ainda não está bem consolidada na literatura, tendo poucos trabalhos disponíveis sobre o tema. Palavra-chave: marcha, pé equino, órtese, AVC