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Title: Uso de agrotóxicos na gestação: repercussões fetais e neonatais
Authors: PIMENTEL, Caio Farias
MORAES, Ana Carolina Mattos Uchôa de
BARROS, Guilherme Leão dos Santos
CAPELA, Ilan Cubits Kyrillos Oliveira
GOMES, Jordany Arcanjo
LUNA, Matheus Burégio Lemos Nogueira
CAMINHA, Maria de Fátima Costa
Keywords: Agrotóxicos
Gestação
Saúde publica
Exposição
Efeitos adversos.
Issue Date: 2025
Abstract: RESUMO CENÁRIO: No âmbito global, exposição a agrotóxicos representa um desafio para a saúde pública, principalmente em países com forte presença agrícola. Pesquisas indicam que as trabalhadoras rurais expostas a esses produtos enfrentam maior risco de complicações, a exemplo do parto prematuro. Além disso, a exposição a agrotóxicos durante a gestação pode ter consequências significativas para as gestantes e seus futuros filhos, incluindo alterações no desenvolvimento de diversos sistemas, como o respiratório, cardiovascular e hepático. Essas substâncias também estão associadas a um aumento da suscetibilidade a doenças neoplásicas, particularmente em crianças durante os primeiros anos de vida. A literatura é escassa a respeito dos possíveis efeitos adversos que a exposição à agrotóxicos pode levar no recém-nascido. OBJETIVO: Avaliar a associação da exposição de agrotóxicos em gestantes com as repercussões fetais e neonatais. MÉTODOS: Estudo de coorte utilizando dados provenientes da pesquisa “Nutrição e infecção: o problema revisitado em função do surto de microcefalia”, realizado pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). O projeto original foi conduzido entre abril/2017 e julho/2018, com acompanhamento das gestantes até março/2019. As descrições dos dados e análises estatísticas foram realizadas no software Stata®, versão 12.1. Os dados categóricos foram descritos através de distribuição de frequências absolutas e relativas. A associação entre a exposição à agrotóxicos e os desfechos fetais e neonatais foi avaliada por meio do teste qui-quadrado de Pearson, considerando para fins estatísticos o valor p < 0,05. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do IMIP (CEP/IMIP) CAAE nº 85388924.5.0000.5201 e Parecer 7.376.531 RESULTADOS: Foi utilizada a mesma população do estudo âncora, as 1.469 gestantes, e identificado que, dessas, 174 gestantes (11,8%) relataram exposição a agrotóxicos. Os desfechos analisados evidenciaram diferenças significativas entre os grupos exposto e não exposto. A prevalência de prematuridade foi maior entre as gestantes expostas (16,1%) em comparação às não expostas (10,4%). Quanto ao peso ao nascer, observou-se que 63% dos recém-nascidos de gestantes não expostas apresentaram peso adequado (3.000–3.999 g), enquanto entre os expostos esse percentual foi de 51,8%. Em relação à vitalidade ao nascimento, a taxa de não vitalidade (considerando nascidos vivos versus não vivos) foi de 7,6% entre os expostos e 4,2% entre os não expostosCONCLUSÃO: O presente trabalho evidenciou a associação entre a exposição gestacional a agrotóxicos e desfechos negativos como prematuridade, alterações no peso ao nascer e aumento da frequência de natimortos. Esses resultados sustentam a necessidade de estratégias de vigilância ambiental, políticas públicas de controle de agrotóxicos e ações de saúde voltadas à proteção de gestantes em áreas de risco. PALAVRAS-CHAVE (DeCS): agrotóxicos; gestação; saúde publica; exposição; efeitos adversos.
Description: Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para o curso de Medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde.
URI: http://tcc.fps.edu.br:80/jspui/handle/fpsrepo/2063
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