Comunicação de más notícias: conhecimentos, habilidades e percepções entre estudantes de medicina em uma faculdade de Pernambuco

Abstract

Resumo Objetivos: avaliar os conhecimentos, habilidades e percepções que acadêmicos de medicina possuem acerca da comunicação de más notícias. Métodos: estudo observacional do tipo transversal, envolvendo 92 alunos de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Recife-PE, Brasil. Foi realizada a autoadministração de um questionário estruturado contendo questões sobre dados demográficos, conhecimentos e percepções sobre a comunicação de más notícias e sobre o protocolo SPIKES. Resultados: a maioria dos participantes (60,9%) era do sexo feminino e a média de idade foi de 25,3 anos (±4,9). Todos afirmaram já ter recebido algum tipo de treinamento para comunicar más notícias e conhecer o protocolo SPIKES. Observou-se que 40,2% classificaram sua habilidade de transmitir más notícias como satisfatória, sendo que estudantes mais maduros (≥25 anos), os que faziam uso do protocolo SPIKES e os que se sentiam bastante confortáveis ao lidar com as emoções dos pacientes foram os mais propensos a relatar níveis mais satisfatórios de habilidade (p<0,05). A maioria (40,2%) concordou que a tarefa mais desafiadora ao comunicar uma má notícia é ser honesto sem tirar as esperanças. Conclusão: a promoção de treinamentos para comunicar más notícias e o ensino de protocolos estruturados, como o SPIKES, podem ser capazes de fortalecer as habilidades comunicativas dos futuros médicos. Palavras-chave: Educação médica, Estudantes de medicina, Comunicação, Relação médico-paciente