Avaliação da modificação dos aspectos ecocardiográficos dos pacientes submetidos à transplante renal

Abstract

Objetivo: Avaliar as alterações evolutivas dos aspectos ecocardiográficos após o transplante renal. Método: Série de casos de pacientes submetidos ao transplante renal no período de novembro de 2014 a fevereiro de 2015 e avaliados por meio da ecodopplercardiografia transtorácica antes do transplante e seis meses após. Os dados foram coletados nos arquivos da Unidade Geral de Transplantes do IMIP de novembro de 2014 a agosto de 2015. As variáveis analisadas foram: fração de ejeção, índice de massa do ventrículo esquerdo, diâmetros finais e volumes finais do ventrículo esquerdo na sístole e diástole. Os testes foram apresentados com frequências absoluta e relativa. Utilizado o Teste Exato de Fisher para as variáveis categóricas. Resultados: Dos 48 pacientes selecionados, sete pacientes permaneceram na amostra final. A média de idade foi 40 anos, 57.1% do sexo feminino e 57,1% com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica. O diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo e o volume sistólico do ventrículo esquerdo tiveram reduções estatisticamente significativas (p = 0.042 e p = 0.046, respectivamente) após o transplante renal. Em relação às modificações valvares e análise das alterações de contratilidade global não observamos dados estatisticamente relevantes. Conclusão: Os pacientes submetidos a terapia renal substitutiva definitiva obtêm melhorias no funcionamento cardíaco e, por conseguinte, na qualidade de vida. A ecodopplercardiografia representa um instrumento de avaliação e acompanhamento desses pacientes. No entanto, é necessário ampliar as pesquisas na área para que possam ser demonstrados os reais benefícios do transplante renal na modificação da história natural da doença.