Conhecimentos, atitudes e práticas dos estudantes de uma faculdade privada de medicina do estado de Pernambuco sobre planejamento familiar

Abstract

INTRODUÇÃO: A queda da taxa de fecundidade no Brasil é perceptível em todas as faixas etárias, exceto entre os adolescentes. Tal fenômeno, aliado ao início da vida sexual cada vez mais precoce, resulta no aumento de práticas abortivas. É válido ressaltar que os estudantes de medicina, na sua maioria são adolescentes e jovens adultos pertencendo, de certo modo, a este grupo. OBJETIVO: determinar, nos estudantes de Medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde, as práticas, os comportamentos e os níveis de conhecimento sobre o planejamento familiar. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, descritivo, em ambiente universitário, do tipo corte transversal, para estudo do conhecimento sobre planejamento familiar e os métodos usados pelos estudantes. Um questionário com perguntas sobre conhecimento e atitudes em relação ao planejamento familiar foi aplicado. Estudaram-se as seguintes variáveis: idade, cor, estado civil, procedência, idade do início da atividade sexual, relações sexuais protegidas, contração de IST, percepção sobre vulnerabilidade à gravidez não programada. Foram utilizadas medidas de tendência central e suas dispersões com gráficos e tabelas de distribuição de freqüência foram, também, utilizadas. RESULTADOS: O curso de medicina foi apontado como a principal fonte de conhecimento sobre os métodos contraceptivos, tendo a maioria dos estudantes, conhecimento a respeito das indicações, contraindicações e mecanismos de ação do principal MAC. O método anticoncepcional mais utilizado é o ACHO (Anticoncepcional Hormonal Oral), em seguida há a camisinha e a combinação do ACHO e camisinha. CONCLUSÕES: Os estudantes de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde, de modo geral, possuem conhecimento adequado em relação ao planejamento familiar, quando comparados aos resultados de outros estudos. Entretanto, ainda há necessidade de maior conhecimento técnico, em relação a termos como “Ogino Knaus” e “Femidon” e também é preciso haver instrução a respeito da “dupla proteção”, visto que esta não está sendo utilizada por uma parcela significativa de estudantes.