Transplante hepático pediátrico em Pernambuco: técnica e complicações - estudo transversal analítico

Abstract

RESUMO Objetivo: Caracterizar pacientes submetidos a transplante hepático pediátrico que estavam acompanhamento no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), quanto a características epidemiológicas e aspectos relacionados ao procedimento. Métodos: estudo transversal analítico composto por 108 pacientes pediátricos, que realizaram o transplante hepático (TxH) e foram ou estavam sendo acompanhados no serviço. Os dados consultados foram inseridos em tabela no Excel®. A análise procedeu-se através do programa SPSS 13.0 para Windows. Resultados: De 108 pacientes avaliados, 69 eram do sexo feminino, com média de idade de 6,64 anos. A etiologia mais comum foi a atresia de vias biliares, com 38 pacientes. Sessenta e três crianças receberam fígado de doadores falecidos e 15 de doador vivo. Quanto à preservação da veia cava, 65 pacientes foram submetidos à técnica convencional e 17 à piggyback. Complicações vasculares e biliares nos seis primeiros meses estiveram presentes em 11,1%. Rejeição do enxerto foi evidenciada em 32 pacientes sendo 84% dos casos, aguda. Infecção nos primeiros 6 meses ocorreu em 33,3%. Vinte e oito pacientes foram a óbito após o transplante. Conclusão: A maioria dos achados encontrados reflete os de outros centros. Porém, dificuldades na coleta dos dados por registro incompleto nos prontuários pode ter influenciado na baixa taxa de complicações vasculares e biliares relatadas. Palavras chaves: Transplante de Fígado, Pediatria, Complicações Pós-Operatórias