Triagem para transtorno do espectro autista em pré-escolares nascidos com muito baixo peso com restrição do crescimento intrauterino

Abstract

RESUMO Objetivo: comparar o perfil do desenvolvimento de crianças aos 2 anos de idade que nasceram com muito baixo peso e/ou restrição do crescimento intrauterino e, por meio da aplicação do M-CHAT, identificar sinais de risco para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Método: realizou-se um estudo transversal em 45 pré-escolares acompanhados na Unidade Método Canguru do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) e aplicou-se o questionário M-CHAT aos responsáveis. Os pré-escolares foram comparados em relação aos marcos do desenvolvimento neuromotor e sinais de risco para TEA. A análise estatística de dados foi realizada pela versão 12.1 do STATA. Foram utilizados os testes do “qui-quadrado” e “exato de Fisher” para comparação de variáveis categóricas e o teste “t de Student” para as variáveis contínuas. Resultados: a média de idade das crianças em meses foi 24.6 + 3.8, todas nasceram com muito baixo peso. Observou-se que 48.8% foram consideradas como de maior risco para o TEA. E houve uma associação estatisticamente significante entre restrição do crescimento fetal e icterícia neonatal. Com relação aos marcos do desenvolvimento neuromotor, as crianças eram semelhantes. Conclusões: identificou-se uma associação de maior risco para TEA com o retardo crescimento intrauterino e a icterícia neonatal em crianças nascidas com muito baixo peso. Palavras-chave: transtorno do espectro autista; atraso no desenvolvimento; recém-nascido de muito baixo peso.