Contato pele a pele do bebê em sala de parto por pelo menos uma hora em um Hospital Amigo da Criança do Recife - PE

Abstract

Resumo Estudos demonstram a importância do contato pele a pele na sala de parto como fator que contribui para o sucesso da amamentação, pois estimula hormônios que vão permitir sua duração como também outros fatores envolvidos no ato de sugar. OBJETIVO: Estabelecer o perfil das mães e importância do contato pele a pele do bebê por pelo menos uma hora em sala de parto em um Hospital Amigo da Criança do Recife. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo, exploratório de campo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados a partir de um questionário estruturado aplicado em 70 puérperas que após os critérios de inclusão e exclusão ficou uma amostra de 53 puérperas. Os sujeitos analisados após tratamento estatísticos foram 53 puérperas que pariram na sala de parto do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira-IMIP e colocaram seu bebê em contato pele a pele por pelo menos uma hora ainda na sala de parto. Os dados foram analisados através de um programa software Epi Info versão 3.5.3. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) sob protocolo nº114-14. RESULTADOS: O estudo analisou as variáveis socioeconômicodemográficas maternas onde 45,3% tinham idade entre 21 a 30 anos, 50,9% tinham entre 8 a 11 anos de estudo, 100% afirmaram ter realizado pré-natal, 81,1% realizou pré- natal em postos de saúde ou outros serviços, nas variáveis relacionadas à amamentação 88,7% tiveram orientação sobre amamentação, 50,9% relatou que durante o pré-natal não foi abordado à importância do contato pele a pele, 50% relataram que na sala de parto não falaram a respeito do contato pele a pele, 92,5% tiveram o contato pele a pele, 89,8% relatou que o contato pele a pele teve a duração menor que uma hora, enquanto o profissional que proporcionou esse contato 24,5% foi o obstetra, mas em que sua maioria 61,2% não lembra quem apoiou esse contato. CONCLUSÃO: O contato pele a pele é considerado uma experiência positiva para o sucesso da amamentação, mas ainda existe a necessidade de melhores informações da equipe multidisciplinar tanto no período puerperal, quanto gestacional. Verificou-se no estudo que o contato pele a pele estava sendo realizado, porém de forma incompatível com o que preconiza a OMS/UNICEF, quanto ao tempo do contato mostrando que os profissionais precisam se sensibilizar mais com o modelo proposto para que a amamentação desempenhe seu papel fundamental na saúde materno-infantil. Palavras-chave: Amamentação, Aleitamento Materno, Sala de Parto, Bebê, Contato.