Fatores que influenciam na segurança do paciente durante o preparo e administração de medicamentos

Abstract

RESUMO Introdução: Erros na administração de medicamentos são problemas que ocorrem constantemente no âmbito hospitalar; e este é um importante avaliador da assistência de enfermagem. A prática de medicação é um sistema complexo que exige atenção e cuidado dos profissionais, garantindo um tratamento seguro e eficaz ao paciente. Para que isso ocorra, é necessário que a equipe envolvida neste processo faça uma correta técnica de assepsia das mãos e materiais, utilizem os 9 certos e façam a monitorização do paciente. Esses eventos adversos podem ainda estar associados a fatores ambientais: iluminação, nível de barulho. Objetivos: Analisar o processo de preparo e administração de medicamentos no 3º HGP do IMIP. Métodos: Estudo observacional, tipo corte transversal, prospectivo, com abordagem quantitativa, realizado no 3º HGP do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP. A população do estudo foi composta de enfermeiros e técnicos de Enfermagem que estiveram lotados no referido setor e que concordaram com o TCLE. A coleta dos dados foi realizada de agosto a outubro de 2014 por meio da aplicação de um questionário o qual foi preenchido pelo pesquisador que avaliou o devido processo de preparo e administração dos medicamentos. Resultados: No estudo foi preenchido 40 questionários com 16 perguntas, onde em 100% dos casos o responsável pelo preparo da medicação foi o técnico de enfermagem. Entretanto, em apenas 72,5% a administração é realizada por esses profissionais; e em 27,5% o acompanhante era o responsável por essa tarefa. Foi visto que 97,5% dos técnicos de enfermagem não apresentaram dificuldade em entender a transcrição, e 2,5% o responsável pelo preparo da medicação recorre a prescrição para retirada de dúvida durante a tentativa de leitura da transcrição. 100% dos casos não realizaram a antiassepsia correta das mãos e ainda 100% desses profissionais não realizaram a assepsia dos materiais utilizados. Foi verificado falta de medicamentos no estoque em 2,5% dos casos e 100% estavam devidamente identificados e armazenados. 95% o local de preparo da medicação não estava devidamente limpo e organizado, no entanto, identificou-se que a iluminação era adequada em 100%. Houve conversa entre os profissionais em 47,5% durante o preparo dos medicamentos. E ainda ocorreu interrupção dessa tarefa através de (celular, rádio, televisão, ruídos externos) em 45% dos casos sabendo que o nível de ruído pode desviar a atenção do profissional. O uso de EPI’s não foi observado em 100% durante os procedimentos medicamentosos. A medicação foi preparada horas antes da administração em 40% dos casos, e sabe-se que isso compromete a eficácia do fármaco; e apesar de preparados horas antes da administração ainda houve em 10% atraso da administração desses medicamentos. A não conferência do nome do paciente ocorreu em 47,5%; e 25% foi explicado a finalidade e os efeitos colaterais da medicação. Conclusões: Faz-se necessário que os enfermeiros construam programas e campanhas de conscientização da importância do correto preparo e administração de medicamentos, realizando reuniões para organizar a logística de aplicação, com a presença de toda a equipe de enfermagem. Desenvolvam pesquisas direcionadas a identificar os melhores mecanismos de prevenção e melhorias da segurança do paciente. Palavras-chave: Equipe de Enfermagem, Erros de Medicação, Assistência à Saúde.