Puérperas com Pre-eclampsia grave acompanhadas em um Hospital Escola na cidade do Recife

Abstract

RESUMO Introdução: A gestação é um processo fisiológico natural que não causa dano à saúde da mulher, porém algumas complicações podem ocorrer nesse período trazendo risco para mãe e concepto. A Hipertensão arterial gestacional é uma importante complicação do ciclo gravídico, sua etiopatogenia ainda é desconhecida. Quando não controlada, o risco de morbimortalidade materna e perinatal é alta. As Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) são evidenciadas por níveis pressóricos iguais ou acima de 140 mmHg para a pressão sistólica e 90 mmHg para diastólica classificando em, pré-eclâmpsia, eclampsia e a síndrome de HELLP que é um agravo, podendo trazer sérias complicações maternas e neonatais. É uma patologia que ainda não há tratamento, a única forma de anular a síndrome é a interrupção da gestação. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico e a presença de complicações em puérpera com pré-eclâmpsia grave acompanhadas no período de janeiro a dezembro de 2014 em um Hospital Escola na cidade do Recife. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), no período de Janeiro a março de 2016. A população do estudo foi constituída por 325 puérperas com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave no momento da alta hospitalar, no período de janeiro a dezembro de 2014. Os critérios de inclusão foram pacientes com pré-eclâmpsia grave atendidas no IMIP; Serem puérperas; Avaliação no momento do egresso (alta, transferência ou óbito). A coleta de dados foi realizada Através do preenchimento de um formulário de um Banco de Dados referente ao estudo para Validação do Escore Fullpierspara Avaliação Prognóstica de Mulheres com Pré-Eclâmpsia Grave no Nordeste do Brasil: Estudo de Acurácia Diagnóstica, autorizado e cedido pela autora, sendo elaborado um banco de dados no Excel a partir dos dados coletados nos formulários específicos. A análise dos dados foi efetuada utilizando-se o programa EPIINFO 3.5.2. Sendo descrito os resultados sob a forma de tabelas de frequência simples. O estudo inicial atendeu às determinações da Declaração de Helsinque, referentes à pesquisa em seres humanos, e a Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Sendo este autorizado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do IMIP sob o Nº 3883-13 CAAE: 20289613.4.0000.520. Resultados: Das 325 puérperas estudadas com pré-eclâmpsia grave, estas apresentaram uma média de idade 25 anos, em se tratando de procedência a maioria em ambos os grupos (com complicações e sem complicações) foram da zona urbana com 94,5% e 97,0% respectivamente, em relação à escolaridade a média foi de 9 anos de estudo. Em relação a trabalho atual no grupo com complicações 71,0% não tinha trabalho remunerado. 74,5% das puérperas não brancas apresentaram complicações, em relação à presença de companheiro em ambos os grupos a maioria afirmava ter a presença deste 74,5% e 78,1% respectivamente. Quando observado a media da idade gestacional (IG) em semanas observou-se que no grupo com complicações a media de IG foi de 33,6 semanas. Em relação às queixas de dispneia e dor torácica em ambos os grupos não houve predominância destes eventos, já a pressão arterial sistólica teve um media 160 mmHg em ambos os grupos e a pressão arterial diastólica no grupo com complicações apresentou uma media de 110 mmHg. A complicação que foi encontrada na sua maioria foi a Síndrome HELLP com 34 casos. Conclusão: mesmo diante de puérperas com pré-eclâmpsia grave observa-se que, se bem assistidas o risco de complicações será menor tanto do ponto de vista materno como perinatal, visto que das 325 puérperas apenas 55 tiveram complicações diante desta entidade nosocomial. Palavras-chaves: Puérperas, Pre-eclampsia, Complicações.