Mulheres com Sepse Puerperal internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva na cidade do Recife - PE: um estudo descritivo

Abstract

RESUMO Introdução: O puerpério é um período de instabilidade que a mulher passa após o parto, marcado por uma fase de recuperação da gravidez e uma série de alterações físicas, psicológicas, sociais e emocionais. A possibilidade de complicações neste período incluem as infecções puerperais, sendo assim é de grande importância que o profissional enfermeiro esteja atento aos possíveis agravamentos nesse cenário. Objetivo: Identificar o perfil das mulheres diagnosticadas com Sepse Puerperal, internadas na UTI Obstétrica do IMIP, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Metodologia: estudo do tipo descritivo, retrospectivo e observacional. A população de estudo foi constituída por prontuários de mulheres hospitalizadas na UTI Obstétrica de um Hospital Escola, localizado no Recife, IMIP – Instituto de Medicina Integral Prof° Fernando Figueira. O processamento dos dados foi realizado pelo programa EPI-INFO 3.3.2. A coleta de dados foi realizada no mês de julho à agosto de 2015 realizada através de 55 prontuários das mulheres com sepse puerperal por meio de um questionário estruturado pelas pesquisadoras, com perguntas objetivas. O presente estudo só foi iniciado com a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos do IMIP, e atende as determinações da Declaração de Helsinque e da Resolução 466/12. Resultados: A maioria das puérperas (94,5%) pertenciam a faixa etária de 15-35 anos, (31%) das mulheres tinham ensino médio completo e (27,2%) da população eram solteiras sem união estável. Com relação aos antecedentes pessoais (29%) apresentou apenas 01 (um) antecedente pessoal, destacando-se as infecções, cerca de (4,4%) apresentaram infecção de trato urinário e, com um total de (8,8%) tiveram doenças crônicas como Diabetes e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) ambas com (4,4%) das mulheres. Dentre estas (38,1%) tiveram menarca na faixa etária de 11-15 anos e referindo-se a coitarca (23,7%) faziam parte do grupo correspondente a idade de 10-15 anos. A paridade foi de (60%) de primíparas, com relação ao aborto (61,9%) não abortaram. Destas (36,4%) tiveram parto vaginal e (60%) referiram ter filhos nascidos vivos. Na variável Sinais Vitais, verificou-se que 16 mulheres apresentaram temperaturas nos valores 36,5°C– 37,2°C, alcançando (29,9%) das pacientes, ainda nesta mesma linha 43 pacientes cerca de 78,1% tiveram taquicardia.Entre os sinais e sintomas apresentados houve predominância de febre em 31 pacientes (56,3%), 27 mulheres com dor em baixo ventre, correspondendo a 49% e 23 puérperas estavam com taquipnéia (41,8%). Dentre os 55 prontuários 06 pacientes foram a óbito por choque 3 séptico (3,3%). A infecção de trato urinário foi responsável por 12,1% dos fatores associados à sepse puerperal e 3,8% das pacientes tiveram infecção respiratória. Tratando-se dos fatores associados, verificou-se que 22 pacientes desenvolveram sepse puerperal devido a infecção de trato urinário, representando 40%, 12 pacientes foram hospitalizadas devido há restos placentários, em 21,8% e 07 puérperas apresentaram infecção de ferida operatória, atingindo 12,7% da população estudada. Conclusão: A elevada prevalência e gravidade da sepse puerperal no estudo, a qual foi realizado, permitiu a verificação da importância sobre à atuação adequada, precoce e humanizada dos profissionais de enfermagem em obstetrícia, caracterizada pela qualidade da assistência prestada, além de evidenciar a relevância dos sinais e sintomas apresentados no puerpério. Palavras-chave: Sepse, sepse puerperal, infecção puerperal, assistência de enfermagem