Natureza, urbanização e sofrimento psíquico: contribuições da obra dos Kaplan e sua aplicabilidade na saúde mental no Brasil

Abstract

RESUMO O objetivo do presente artigo é investigar os efeitos psicológicos da relação com ambientes naturais e apontar a conexão entre o afastamento do homem de ambientes naturais e o aumento de transtornos mentais em contextos urbanos. O problema de pesquisa parte da constatação de altos índices de sofrimento psíquico, especialmente em ambientes urbanizados, marcados pela poluição, isolamento social e escassez de espaços verdes. A relevância da pesquisa baseia-se na escassez de produções científicas que relacionem saúde mental e ambiente natural, especialmente em países de média e baixa renda. Foi utilizado o método de revisão narrativa, com levantamento de bibliografia nas bases SciELO, PubMed e Google Acadêmico, priorizando produções em psicologia ambiental e estudos de urbanização e saúde. Os resultados indicaram que a proximidade da natureza, seja em áreas amplas, seja em espaços mais próximos como jardins e parques, é responsável pela redução do estresse, melhora de humor, autoestima e sentimento de pertencimento. Conclui-se que a presença diária da natureza pode ser um fator de proteção para a saúde mental e deve ser considerada nas políticas urbanas e estratégias de cuidado psicológico. PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental 1; Ambiente natural 2; Qualidade de vida 3; Urbanização 4; Psicologia ambiental 5.