Análise comparativa da eficácia antibacteriana de conservantes naturais em formulações caseiras de xarope à base de Acanthospermum hispidum DC, Asteraceae

Abstract

Nas comunidades locais da região do nordeste do Brasil, onde o uso de especiarias é algo habitual, a aplicação delas em formulações de xaropes se apresenta com intuito de não só conferir sabor, mas também preservá-las. Dentre elas a própolis, a canela (Cynnamomum verum), o cravo-da-Índia (Syzygium aromaticum) e até mesmo a associação cravo/canela são utilizadas. Nesse sentido, o presente trabalho compara a ação desses conservantes naturais em formulações de xarope à base do decocto da planta Acanthospermun hispidum DC, Asteraceae, a qual é alvo de pesquisas no combate à asma. No período de 3 meses foi analisado o crescimento bacteriano nas formulações contendo em cada uma delas um conservante diferente dentre os citados, utilizando como controle positivo Nipagin®/Nipazol e negativo, o xarope sem conservante. A preparação do mesmo, foi realizada segundo o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira (2011), enquanto que a quantidade de cada conservante foi fundamentada no conhecimento popular, excetuando-se a própolis. Para obtenção e contagem de bactérias aeróbias, utilizou-se o semeio em profundidade recomendado pela Farmacopeia Brasileira, 2010. Das 6 amostras analisadas, foram obtidas contagens de microrganismos viáveis abaixo de 5 UFC/mL. Dessa forma, se observou que todas apresentaram resultados inferiores ao limite 102 UFC/mL estabelecido pela Farmacopeia Brasileira. Logo, estabeleceu-se um ranking dos conservantes por ordem de eficácia, sendo apresentado nesta sequência: Cravo-da-Índia/Canela; Própolis; Canela; Nipagin®/Nipazol® e Cravo-da-Índia.