Conhecimentos e práticas dos profissionais de enfermagem, acerca dos cuidados paliativos neonatais e pediátricos

Abstract

RESUMO A expansão tecnológica proporcionou o desenvolvimento de todas as áreas dos cuidados da saúde, modificando o perfil dos pacientes e das doenças. Entretanto, apesar do aparato tecnológico, algumas crianças ainda vivem em condições que ameaçam a vida. Tornando evidente que os Cuidados Paliativos devem ser aplicados como medida preventiva do sofrimento e quando não existe terapêutica que modificará a doença, sendo indicada logo após que se estabeleça o diagnóstico. Objetivo: Avaliar o conhecimento e prática dos Enfermeiros, a cerca dos Cuidados Paliativos Neonatais e Pediátricos. Método: estudo do tipo Transversal, descritivo prospectivo de natureza quantitativa. O estudo foi realizado nas Unidades de Terapia Intensivas Neonatais e Pediátricas e nos Hospitais Gerais Pediátricos do complexo hospitalar do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP, no período de setembro a outubro de 2020. O estudo seguiu a resolução 510/16, do Conselho Nacional de Saúde sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa nº do CAAE 35866720.3.0000.5201. A coleta de dados ocorreu após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os participantes enfermeiros, que se enquadraram no perfil da pesquisa, assinaram o TCLE e responderam o questionário online, através da plataforma do Google forms, aplicativo que gera formulários, por meio de uma planilha no Google Drive. Resultados e discussões: Obtivemos como resultados dados estatísticos sociodemográficas da amostra, de conhecimentos e de práticas profissionais, através de uma série de perguntas objetivas e diretas sobre cuidados paliativos em pediatria e neonatologia. Analisando estes dados observamos um dado importante em que 92,3% consideram que os cuidados paliativos são destinados apenas para pacientes acima de 65 anos de idade ou em situação agônica, não para neonatos e crianças, e 100% da amostra considera que cuidados paliativos são apenas direcionados para pacientes em estado terminal. Conclusão: concluímos que há uma continuidade de equívocos relacionados aos cuidados paliativos, evidenciado um déficit de quando iniciar a aplicação do cuidado e para quais pacientes são destinados, arriscando que o cliente não possua a adequada assistência, o esperado bem-estar e a sonhada qualidade de vida durante o enfretamento do processo saúde-doença, o que induz ao possível cometimento de erros durante a prática, resultando em intervenções desnecessárias em pacientes já fragilizados. Palavras-chave: Cuidados Paliativos, Enfermagem de Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Dor, Enfermagem Neonatal.