“Quem canta seus males espanta”: Projeto de intervenção sobre o uso terapêutico da música em saúde mental

Abstract

RESUMO O movimento histórico da reforma psiquiátrica e seus desdobramentos demonstrou que outras intervenções podem estar presentes no tratamento de pacientes psiquiátricos além da terapia medicamentosa, proporcionando ganhos significativos para os mesmos, tanto no que diz respeito à saúde mental, quanto na perspectiva da dignidade humana que durante muito tempo lhes foi negada nos espaços manicomiais. As oficinas ofertadas nas unidades de CAPS são exemplos da utilização da arte na saúde mental, pois além de socializar os indivíduos, configuram ambientes favoráveis para expressão de sentimentos, de fala e escuta. O presente estudo visa propor um projeto de intervenção que tem a música como ferramenta principal de cuidado. A intervenção poderá ser executada em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em formato de atividade de grupo, como uma oficina. podem participar usuários de ambos os sexos, com transtorno mental ou em uso abusivo de álcool e outras drogas. O facilitador poderá ser um dos técnicos do serviço de saúde mental, de preferência o psicólogo, e embora esta intervenção não possua uma linha de abordagem específica, é perceptível o quanto a partir da conceituação psicanalítica de expressão do eu, a arte torna-se uma ferramenta como ponte para o inconsciente e expressão do mesmo através das linguagens artísticas e aqui, mais especificamente a música. A música entre outras expressões artísticas deve ser mais investigada e explorada em suas possibilidades de uso no âmbito da saúde mental. Neste sentido a proposta ora descrita tem a pretensão de ser uma fonte de inspiração para outras experiências. Palavras-chave: Assistência à Saúde Mental. Música. Prática Psicológica. Arte.