“Meu filho, meu mundo”: análise fílmica à luz da teoria winnicottiana sobre o autismo

Abstract

RESUMO Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o transtorno do espectro autista é caracterizado por déficits na comunicação e interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. A partir do viés psicanalítico, o autismo é o retrato da não instauração de algumas estruturas psíquicas. O presente trabalho partiu da perspectiva de Winnicott, para a qual se faz necessário uma relação suficientemente boa entre mãe-bebê para a criança se constituir como sujeito. Este estudo tratou-se de uma análise fílmica qualitativa, utilizando-se do método da análise de conteúdo de Bardin (2011), para analisar os impactos da relação mãe-bebê no desenvolvimento psíquico de uma criança autista. A investigação utilizou-se da produção cinematográfica “Meu filho, meu mundo” (1979) e abordou conceitos winnicottianos tais como mãe suficientemente boa, ambiente facilitador e o desenvolvimento psíquico. A partir desta análise, é sugerido que a construção de um ambiente facilitador é capaz de promover uma melhora no quadro autístico, além de favorecer a dinâmica familiar e a capacidade de interação do indivíduo no espectro com o meio. Palavras-chave: Winnicott; autismo; relação mãe-bebê; “Meu filho, meu mundo”.