Associação entre obesidade central e o perfil glicêmico de pacientes acompanhados no ambulatório de nutrição em um hospital escola de Pernambuco

Abstract

INTRODUÇÃO: A obesidade em tempos atuais apresenta frequência cada vez maior nas diversas populações, acometendo ambos os sexos. Onde a obesidade central possui forte correlação com a resistência insulínica e ao diabetes mellitus, atingindo principalmente o sexo masculino. Devido a tal gravidade, torna-se necessário o correto diagnóstico do grau da obesidade, utilizando métodos além do IMC, como por exemplo a circunferência da cintura e o índice de conicidade. OBJETIVOS: Avaliar a relação existente entre a obesidade central e os níveis séricos de glicemia bem como identificar a população de risco para o quadro de diabetes mellitus. MÉTODOS: Estudo do tipo descritivo, transversal, realizado no ambulatório de nutrição de um Hospital Escola do estado de Pernambuco. A população do estudo foi composta por pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, com IMC superior a 25 kg/m². Foram excluídos da pesquisa pacientes com alterações motoras ou clínicas que impossibilitaram a avaliação antropométrica. Os dados antropométricos avaliados foram o peso, altura e a circunferência da cintura (CC). A glicemia sérica de jejum foi analisada pelo método Hexoquinase/G-6-PDH. Para as análises estatísticas utilizou-se o programa Prism versão 5.0. RESULTADOS: Foi verificada correlação corporal pelo índice de conicidade (IC) (p=0,035) e uma tendência a correlação (p=0,07) na avaliação da (CC). Foi observada ainda uma associação positiva (p=0,0001) entre a glicemia sérica e o IC. CONCLUSÃO: O IC poderia ser considerado uma ferramenta importante de avaliação do risco para a resistência à insulina e o diabetes em pacientes em excesso de peso.