Constipação intestinal funcional em crianças de uma comunidade de baixa renda: estudo transversal

Abstract

RESUMO Objetivo: avaliar a prevalência da constipação intestinal funcional em crianças de uma comunidade de baixa renda da cidade do Recife-PE. Métodos: estudo transversal com 55 crianças entre 2 e 10 anos de idade (exclusive) e seus responsáveis em uma Unidade de Saúde da Família, de agosto/2022 a setembro/2023. A coleta de dados avaliou: aspectos socioeconômicos, demográficos, critérios Roma IV, hábitos alimentares, atividades físicas e tratamento farmacológico ou comportamental. Na análise considerou-se significante o valor de p <0,05. Resultados: dos 55 responsáveis: 51 (92,7%) eram do sexo feminino, 22 (40%) tinham ensino médio completo e 43 (78,2%) não trabalhavam. A média de idade foi 32±8,33 anos. Em relação às crianças, 32 (58,2%) eram meninos, média de idade de 5,98±2,4 anos, 32 (58,2%) não praticavam atividades física ou esportiva e 31 (56,4%) usavam tela por mais de 3 horas diárias. Sobre hábitos: 36 (65,5%) tinham ingesta de água e alimentação inadequadas. Dentre as 55 crianças, 34 (61,8%) apresentavam CIF e apenas 12 (25,5%) e 16 (29,1%) realizaram orientação comportamental ou medicamentos. Observou-se associação significante entre constipação funcional, alimentação inadequada (p=0,03) e utilização de medicamentos (p=0,02). Conclusão: O atual estudo acrescentou novos dados sobre a prevalência da constipação intestinal na infância e identificou a importância da alimentação saudável na sua prevenção. Palavras-chave: atenção primária à saúde, criança, constipação intestinal, fatores de risco, prevalência.