Perfil dos atendimentos em uma unidade de pronto atendimento no municipio de Igarassu-PE

Abstract

Introdução: As Unidades de Pronto Atendimento – UPA 24 horas funcionam como unidades intermediárias entre as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os hospitais, desafogando os prontos-socorros, ampliando o acesso dos usuários aos serviços de urgência no Sistema Único de Saúde (SUS). As UPAs atendem casos de media complexidade: hipertensão, febre alta, fraturas, cortes e infartos, evitando que estes pacientes sejam sempre encaminhados aos prontos-socorros. O acolhimento é uma ação tecnoassistencial mudando a relação entre profissionais e usuários. Objetivo: Realizar o levantamento estatístico traçando o perfil dos atendimentos médicos realizados na UPA- Igarassu no ano de 2014. Métodos: Estudo descritivo tipo corte transversal, com abordagem quantitativa, realizado na UPA Igarassu-PE, através dos boletins diários(BID). A população do estudo foi composta por 119.742 pacientes que foram atendidos na UPA de Igarassu no ano de 2014 (BID, 2014). A coleta de dados iniciou após aprovação do comitê de ética, no período de Janeiro a Dezembro de 2014. Os dados foram elaborados e analisados pelo softwere Excel. Resultados: De acordo com dados descritos no BID, a clínica médica apresentou maior índice de atendimento 72.707(62%), seguindo pela traumato ortopedia 27.017(23%); Pediatria e Serviço social representam 16.906 (14%) e 1.258 (1%) dos atendimentos. No atendimento, onde a prioridade é a gravidade, observou-se 89.444(75%) dos atendimentos são classificados verde e 1.338 (1%) azul, onde vimos 26.251 (22%) dos atendimentos é referente a cor amarela e 2.709 (2%) classificados vermelho, podendo apresentar risco de morte. O maior número de encaminhamentos foi para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) com 117 (56,25%) encaminhamentos. Já o Instituto de Medicina Legal (IML) teve 36 (17,31%) encaminhamentos. A clínica médica mais uma vez foi à especialidade que mais solicitou remoção com 2.921(53,3%), seguida de ortopedia com 1.712(31,2%) e pediatria com 631,5(11,7%) remoções. Conclusão: A análise e interpretação dos dados permitiram-nos identificar que as UPAs estão exercendo seu papel de forma descaracterizada. Isso se deve à falha do sistema de saúde em absorver essa demanda que seria da atenção básica, conforme sua proposta no modelo de gestão. Observamos que os pacientes ainda procuram as unidades com casos que poderiam ser resolvidos nas unidades básicas, como foi observado no nosso rodízio, levando a um número elevado desse perfil de pacientes caracterizados como verde, não urgente.