A tatuagem como expressão do inconsciente: uma revisão integrativa à luz da psicanálise

Abstract

da literatura sobre as relações psicodinâmicas entre a prática da tatuagem e suas implicações para a subjetividade humana sob a perspectiva da psicanálise. A pesquisa explora como as tatuagens atuam simbolicamente na relação do sujeito com o Outro, refletindo desejos inconscientes, conflitos internos e aspectos da construção da identidade. O objetivo consiste em analisar, por meio de uma revisão integrativa, as principais contribuições da literatura acerca das implicações simbólicas das tatuagens na psicologia humana, especialmente quanto às dinâmicas inconscientes descritas pela psicanálise. O método consistiu em uma análise integrativa realizada nas bases de dados LILACS, BVS, PePSIC e SciELO, utilizando os descritores “tatuagem” e “psicanálise”, com seleção de artigos publicados nos últimos dez anos. Dos estudos encontrados, dez atenderam aos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos nesta revisão. Os resultados destacam que a tatuagem opera como meio de expressão inconsciente, simbolizando experiências traumáticas, desejos reprimidos, relações de luto e processos de subjetivação. Na discussão, abordaram-se os seguintes temas: o corpo como suporte simbólico, a relação com o olhar do Outro, a tatuagem e a compulsão à repetição, tatuagem e dor psíquica, erotismo e transgressão. Conclui-se que, apesar de seu crescente esvaziamento simbólico na contemporaneidade, as tatuagens permanecem importantes mediadoras psíquicas e sociais, refletindo conflitos e desejos inconscientes relevantes para a psicanálise, ainda que as bases de dados consultadas careçam de publicações mais recentes sobre o tema. Palavras-chave: Tatuagem; Corpo; Psicanálise; Subjetividade; Simbolização.