Avaliação do grau de conversão polimérica e estabilidade de cor de uma Resina Flow em diferentes espessuras e irradiância de fotoativação

Abstract

RESUMO Introdução: O uso de resinas compostas fluidas (flow) na odontologia restauradora é uma prática comum, mas seu desempenho é diretamente afetado pela polimerização, sendo crucial para as propriedades físico-mecânicas e a estabilidade de cor do material. Diversos fatores, como a espessura da camada e a irradiância da fotoativação, influenciam o grau de conversão polimérica. Objetivo: Analisar o grau de conversão e a estabilidade de cor da resina GrandioSO flow (VOCO®) em diferentes espessuras (1 e 2 mm) e irradiâncias (1000, 1400 e 3200 mW/cm²). Metodologia: Trata-se de um estudo laboratorial in vitro, no qual 54 corpos de prova cilíndricos foram confeccionados. O grau de conversão foi medido por Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), e a estabilidade de cor foi avaliada com um espectrofotômetro digital, 24h após confecção e após 7 dias de imersão em água destilada. Tanto as amostras de 1 e 2 mm de espessura foram fotopolimerizadas com as três irradiâncias avaliadas (1000, 1400 e 3200 mW/cm²). Os dados foram analisados utilizando o software IBM SPSS, a partir de testes não paramétricos com um nível de significância de 5%. Resultados: demonstraram que a irradiância de 3200 mW/cm² em camadas de 2 mm resultou em um grau de conversão significativamente menor, quando comparado com os demais grupos. Além disso, a estabilidade de cor foi estatisticamente menor para a mesma irradiância em ambas as profundidades, 1 e 2 mm, quando comparada com as potências de 1000 e 1400 mW/cm². Conclusão: Protocolos de fotoativação com alta irradiância em camadas de 2 mm geram menor grau de conversão e afetam negativamente a estabilidade de cor da resina flow avaliada, o que pode comprometer o resultado estético e o desempenho clínico do material. Palavras-chaves: Resina composta; Polimerização; Cor