Avaliação do perfil microbiológico da mortalidade por sepse neonatal na unidade de terapia intensiva em um hospital do nordeste brasileiro

Abstract

RESUMO Objetivo: Analisar o perfil microbiológico da mortalidade por sepse neonatal em recém-nascidos internados na UTIN de um hospital filantrópico do Nordeste, identificando microrganismos predominantes, sensibilidade a antimicrobianos e fatores de risco. Métodos: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo, baseado em culturas e antibiogramas de neonatos que evoluíram para óbito em 2023-2024. Foram coletados dados clínicos e microbiológicos e a análise realizada por meio de planilhas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 7.306.352), conforme Resolução 510/2016. Resultados: Avaliaram-se 76 óbitos. Os microrganismos mais frequentes foram Staphylococcus spp (12), Klebsiella spp (11), Escherichia coli (10) e Enterobacter cloacae (5). Observou-se resistência total à oxacilina e penicilina, sensibilidade de 71,4% à amicacina, eficácia parcial do meropenem (42,9% sensível) e sensibilidade total à vancomicina. Entre os fatores de risco, destacaram-se prematuridade, baixo peso ao nascer, malformações congênitas e internação prolongada. Conclusão: A sepse neonatal na UTIN estudada envolve microrganismos multirresistentes e fatores clínicos de vulnerabilidade. A resistência a antimicrobianos comuns reforça a necessidade de vigilância microbiológica contínua, revisão de protocolos terapêuticos e estratégias de prevenção para reduzir a mortalidade neonatal. Palavras-chave (DeCS): Sepse neonatal, Farmacorresistência bacteriana, Doenças do recém-nascido.