Toxina botulínica e terapia física subsequente: implicações na função motora de membro superior em pacientes pós acidente vascular cerebral – relato de dois casos

Abstract

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade no mundo. Dentre as sequelas sensório-motoras está a espasticidade que contribui para a limitação da movimentação voluntária e funcional dos membros afetados. A toxina botulínica tipo A (TBA) é frequentemente utilizada no seu tratamento, atuando como um bloqueador neuromuscular local de efeito temporário. Esse estudo busca avaliar os efeitos da terapia subsequente à aplicação da toxina na função motora de membro superior de pacientes pós-AVC inseridos em um programa de reabilitação interdisciplinar. Descrição: Foi realizada uma avaliação antes da aplicação da toxina e duas reavaliações, três meses e seis meses após a aplicação, respectivamente, utilizando-se a seção do membro superior da versão brasileira da Escala de Fugl-Meyer (EFM), para acompanhar a evolução da função motora de duas pacientes que receberam a toxina. Uma das pacientes foi submetida a um protocolo de terapia física logo após a aplicação e a outra seguiu apenas o acompanhamento terapêutico regular. Discussão: Baseado nos escores obtidos nas avaliações e reavaliações em cada uma das pacientes, não foram observadas grandes diferenças entre as duas abordagens. Com exceção do domínio Sinergia Extensora, que apresentou uma melhora acentuada na primeira reavaliação, os demais domínios não apresentaram grandes alterações entre as abordagens durante as reavaliações.