Avaliação do perfil clínico-epidemiológico de crianças e adolescentes portadores de neoplasias ovarianas submetidas a tratamento cirúrgico no Instituto De Medicina Integral Professor Fernando Figueira no período de 2008 a 2018

Abstract

OBJETIVO: descrever casos de crianças e adolescentes portadoras de massa ovariana atendidas no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) entre 2008 e 2018. MÉTODOS: foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo e analítico no IMIP. Analisamos 44 prontuários de pacientes com diagnóstico de massas ovarianas submetidas à cirurgia de preservação ovariana (CPO), ooforectomia ou salpingo-oforectomia. RESULTADOS: das pacientes, a maioria eram adolescentes (45,5%), seguida por escolares (34,1%). A queixa mais frequente foi dor abdominal (70,5%). O tamanho médio dos tumores ovarianos (TO) foi de 11,31 cm, variando entre 1,2 e 40 cm. O exame de imagem mais utilizado foi a ultrassonografia (95,5%). Tumor unicamente em ovário direito foi visto em 52,3% e torção ovariana em 22,72%. A via de acesso cirúrgico preferida foi a incisão tipo Pfannenstiel (78%). A conduta mais frequente foi ooforectomia unilateral exclusiva (43,2%), seguida por salpingo-oforectomia (36,4%) e CPO (20,5%). Quanto ao tipo histológico, 58,1% foram tumores de células germinativas. CONCLUSÃO: a CPO deve ser realizada em casos selecionados para preservação de fertilidade, porém não foi a conduta mais frequente nesta amostra, provavelmente devido ao longo tempo do estudo. A tendência atual, baseada em protocolos e aspectos como o tamanho do TO e outros achados em exames complementares, é a CPO.