Resultados intra e pós-operatórios e a fre- quência de complicações em pacientes pré e pós-menopausadas submetidas à histeros- copia cirúrgica no IMIP

Abstract

OBJETIVO: Descrever os resultados intra e pós-operatórios e a frequência de complicações em pacientes pré e pós-menopausadas submetidas à histeroscopia cirúrgica no IMIP. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo de coorte transversal no Instituto IMIP, entre julho de 2018 e Agosto de 2019, envolvendo 26 mulheres pré e pós-menopausadas submetidas à histeroscopia cirúrgica. As variáveis estudadas mais relevantes foram: diagnóstico, indicação, dor e sangramento pré e pós-operatórias, dados intra-operatórios (vela de Hegar limite para dilatação passiva, facilidade de dilatação ativa, duração do procedimento de dilatação cervical) e complicações (perfuração uterina, laceração cervical, falso trajeto). Na análise, foram utilizadas tabelas de frequência e medidas de tendência central. RESULTADOS: A principal indicação foi pólipo endometrial em 61,6% dos casos. O diagnóstico final mais encontrado foram pólipos endometriais com 46,6% dos casos. A dor no internamento esteve presente em 58% dos casos e teve mediana de 4 na EVA. O sangramento pré-operatório esteve presente em 65,38% da população, dentre as quais 47% relataram ser intenso, 11,7% moderado e 41% leve. Foi encontrado uma mediana da vela de Hegar para dilatação passiva de 6 cm e uma mediana de 4,5 na escala de Likert para dilatação ativa. A duração da dilatação teve uma mediana de 2,5 minutos. Complicações aparecerem em 11,54% das pacientes. A complicação mais comum foi laceração cervical, representando 100% dos casos de complicações e em segundo lugar falso trajeto, com 33%. A dor no pós-operatório esteve presente em 53,8% e teve uma mediana de 1 na EVA. O sangramento no pós-operatório aconteceu em 38.5% das pacientes, sendo leve em 70% dos casos e moderado em 30%. CONCLUSÃO: Pólipos endometriais foram as principais indicações. Dor e sangramento estiveram presentes na maioria das pacientes no momento do internamento. Encontrou-se uma mediana de 6 para vela de Hegar na dilatação passiva e as dilatações ativas foram consideradas em sua maioria bastante fáceis. Complicações ocorreram em uma minoria de pacientes, sendo laceração cervical a mais frequente entre estas. A dor pós-operatória aconteceu na maioria das pacientes enquanto o sangramento, na minoria.