Análise do perfil epidemiológico das pacientes portadoras da síndrome do ovário policístico e infertilidade atendidas no ambulatório de ginecologia do IMIP no período de um ano

Abstract

Objetivo: analisar o perfil epidemiológico das pacientes portadoras da Síndrome do Ovário Policístico e Infertilidade atendidas no ambulatório de ginecologia do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Método: estudo transversal e observacional através da análise dos prontuários das pacientes atendidas no ambulatório no período de dezembro de 2018 a junho de 2019. Resultados: dentre as 39 pacientes incluídas no estudo, a mediana de idade encontrada foi de 32 anos e a afecção foi mais prevalente em mulheres pardas (71,8%), com ensino médio (35,9%) e sobrepeso (30,8%). Do total de pacientes, 41% são portadoras de algum tipo de comorbidade, sendo a mais prevalente a obesidade (25,6%), seguida por HAS (20,5%) e Diabetes Mellitus (2,6%). Em relação aos hábitos de vida, o etilismo esteve presente em 28,2% das pacientes, enquanto o tabagismo em 5,1%. Além disso, a maioria das pacientes são nuligestas (61,5%), nulíparas (87,2%) e não sofreram aborto (76,9%). As mulheres apresentaram mediana de menarca aos 13 anos, da coitarca aos 18 anos e 61,5% com dismenorreia. A maioria das pacientes (66,7%) apresentou o ciclo menstrual irregular, sendo o tipo de irregularidade mais comum amenorreia (61,3%). O tempo de exposição à gestação entre as pacientes teve mediana de 7 anos e o tratamento clinico prévio com indução da ovulação não foi exercido na maioria das pacientes (66,7%). A videolaparoscopia foi o tratamento cirúrgico mais realizado a maioria das pacientes (53,8%). O uso de antiglicemiantes esteve presente em 66,7% das pacientes e destas, 100% utilizou a metformina. Os aspectos ultrassonográficos foram semelhantes em ambos os ovários, com valores entre 11 e 20 cm3, em 33,3% das pacientes. Conclusão: mulheres pardas, com sobrepeso, ensino médio, nuligestas e nulíparas, com dismenorreia e amenorreia, tentando gestar há 7 anos e submetidas a videolaparoscopia , em uso de metformina e com os ovários aumentados.