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Título: A vivência da arteterapia no tratamento de pacientes com transtornos mentais em um centro de atenção psicossocial da região metropolitana do Recife
Autor(es): SOARES, Maria Laísa Corrêa
FONSECA, Marina Loreto da
Palavras-chave: Arteterapia
Tratamento
Saúde mental
Data do documento: 2017
Resumo: Cenário: A reforma psiquiátrica é um marco importantíssimo para o avanço da humanização, da autonomia, da socialização e no rompimento de pré-conceitos em relação aos indivíduos portadores de transtornos mentais. Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) fazem parte desse novo modelo de cuidado e atenção, que oferecem um atendimento intensivo e integral para os indivíduos com transtornos mentais. Os Caps se caracterizam por oferecer um acolhimento por parte da equipe multidisciplinar e interdisciplinar e pelas atividades terapêuticas propostas. Entre elas podemos citar as oficinas terapêuticas de arteterapia, que promovem ainda mais ao usuário uma autonomia na criatividade, liberdade para se expressar, podendo transformar o desenvolvimento emocional e social do individuo. Objetivo: Realizou-se uma oficina de arteterapia como estratégia de cuidado em saúde mental em um Centro de Atenção Psicossocial da região metropolitana do Recife. Métodos: O presente trabalho consistiu em um projeto de intervenção, de amostra intencional, onde os dados sociodemográficos foram coletados a partir de um questionário e posteriormente foi realizada uma oficina de arteterapia e por fim uma roda de conversa, onde foram utilizadas três perguntas norteadoras para facilitar a discussão. Os resultados foram coletados a partir das narrativas produzidas na oficina e na roda de conversa realizadas no Caps. O local de estudo se deu no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Acolher, localizada na região metropolitana do Recife. O projeto de intervenção só foi efetuado após aprovação no Comitê de Ética pelo número de CAAE: 69919617.2.0000.5569. Resultados: A intervenção foi realizada com 10 usuários que estavam admitidos e em tratamento no Caps Acolher, onde a maioria tinha entre 30 e 39 anos (40%), apenas 2 usuários (20%) eram do sexo masculino e o restante do sexo feminino, 9 usuários (90%) possuíam o Ensino Fundamental incompletos e apenas 1 (10%) possuía o Ensino Médio completo, quanto a renda a maior parte dos usuários (70%) recebiam abaixo de um salário mínimo. No que diz respeito a intervenção todos os 10 usuários participaram de forma ativa, contudo alguns demonstraram ansiedade por ter que realizar uma produção artística. A partir das narrativas construídas ao longo da intervenção duas principais categorias foram encontradas: a arteterapia como forma de relaxamento no tratamento e a arteterapia como forma de cuidado em saúde mental. Discussão: De acordo com Arcuri (2004), o relaxamento é um método muito usado antes das produções artísticas da arteterapia, é o momento de proporcionar um estado de “estar no mundo”. Segundo Coutinho (2012) o cuidado terapêutico no gesto criativo em si, visa ampliar o contato afetivo com a realidade e tornar mais rica as possibilidades na vida do indivíduo. Considerações Finais: Nessa intervenção foi constatado que o modelo de cuidado a partir das oficinas de arteterapia traz enormes benefícios ao sujeito com transtorno mental, impulsionando a liberdade de expressão, autonomia criativa e desenvolvimento emocional e social.
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso na Faculdade Pernambucana de Saúde como requisito básico para a conclusão do Curso de Psicologia. Orientador: Prof. Mes. Michele Gomes Tarquino.
URI: http://tcc.fps.local:80/handle/fpsrepo/656
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