Avaliação da associação da medida da circunferência do pescoço e da relação cintura/estatura com o diagnóstico de síndrome metabólica: um estudo transversal

Abstract

RESUMO: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: devido à alta prevalência da resistência à insulina e de síndrome metabólica na população do nordeste do Brasil, objetiva-se avaliar a correlação desta com circunferência do pescoço, relação cintura/estatura e com componentes da síndrome metabólica em pacientes atendidos no ambulatório de clínica médica do IMIP. MÉTODOS: realizou-se um estudo transversal com 110 pacientes, aplicando-se um formulário com questões socioeconômicas e exames laboratoriais necessários para o diagnóstico da síndrome metabólica, além de serem feitas medições antropométricas, aferição da pressão arterial, pesagem e medição da altura para determinação do IMC. RESULTADOS: 52,7% dos pacientes possuem síndrome metabólica de acordo com os critérios do IDF e 46,3% para os do NCEP-ATPIII, sendo mais frequente nas mulheres em ambos os critérios diagnósticos. A circunferência do pescoço foi considerada elevada em 31,8% dos pacientes, sendo mais prevalente em homens. A relação cintura/estatura teve média geral de 0,59, considerada elevada em 70% dos pacientes, com prevalência maior em mulheres. Na análise da associação entre a circunferência do pescoço e a relação cintura/estatura com a síndrome metabólica pelo IDF e NCEP-ATPIII, observou-se uma associação estatisticamente significante, com p ≤ 0,0003 para ambos os critérios diagnósticos. CONCLUSÃO: a circunferência do pescoço e a relação cintura/estatura elevadas apresentaram associação com a síndrome metabólica, sendo a primeira superior à última, talvez por um possível baixo valor de corte da relação cintura/estatura, resultando em menor sensibilidade para síndrome metabólica. Palavras chaves: síndrome metabólica, antropometria, circunferência do pescoço, razão cintura-altura.