Características epidemiológicas e clínicas de gestantes com fetos com gastrosquise e desfechos perinatais em um hospital de referência de Pernambuco: um estudo transversal

Abstract

RESUMO Objetivos: descrever características epidemiológicas e clínicas de gestantes com fetos com gastrosquise e desfechos perinatais. Métodos: realizou-se estudo do tipo transversal e retrospectivo no setor de medicina fetal do Centro de Atenção à Mulher do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira entre 2014 e 2018. Foram incluídos no estudo todos os recém-nascidos com diagnóstico pré-natal de gastrosquise e suas genitoras. Dados foram coletados em formulários e digitalizados em banco de dados no programa EpiInfo 7.0. Para análise descritiva, foram calculadas medidas de tendência central e de dispersão para variáveis numéricas e foram construídas tabelas de distribuição de frequência para variáveis categóricas. Resultados: a maioria das gestantes era parda, solteira, com peso pré-gestacional adequado e baixa escolaridade. Doenças obstétricas mais frequentes foram infecção do trato urinário e hipertensão durante a gestação. A maioria dos neonatos necessitou de apenas uma intervenção cirúrgica para cura da gastrosquise. Em média, o internamento hospitalar do recém-nascido durou 23,9 dias. Idade materna média foi 20,4 anos e idade gestacional média no parto foi 36,7 semanas. Empregou-se cesariana na maioria dos casos. Óbitos neonatais ocorreram em 41,9% dos casos. Conclusão: observou-se que a gastrosquise esteve associada às gestantes com menor nível socioeconômico, a um aumentado tempo de internamento hospitalar e à via de parto cesariana. Palavras-chave: Gastrosquise, Cesárea, Neonatologia, Cirurgia.