Educação em saúde e espiritualidade na percepção de estudantes de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde

Abstract

RESUMO Introdução: Variados estudos evidenciam que o envolvimento espiritual e religioso está positivamente associado a indicadores de saúde física e, principalmente, mental. Nesse contexto, religiosidade e espiritualidade se relacionam a menores taxas de suicídio, depressão, ansiedade e uso de substâncias ilícitas. Fica claro que quando um profissional de saúde manifesta interesse sobre as crenças dos doentes, ele demonstra ser mais empático, compreensível, confiante e promove maior aceitação, fortalecendo a relação com o paciente, e tendo efeitos positivos sobre a saúde, recuperação e bem-estar deste paciente. Objetivo: Analisar o entendimento dos estudantes de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde acerca da temática religiosidade e espiritualidade em saúde e sua aplicabilidade na formação profissional e prática clínica. Método: O estudo foi um estudo exploratório, de corte transversal, com aplicação de um questionário on line semiestruturado e autoaplicável desenvolvido na Plataforma LimeSurvey entre os meses de maio de 2021 a agosto de 2021 aos estudantes de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde que preencheram os critérios de inclusão e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram submetidos ao software Excel para Windows na versão 2016. Foram obedecidos todos os critérios de inclusão e exclusão necessários e atenderá ao preconizado na Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde e a pesquisa só teve início após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Pernambucana de Saúde CEP/FPS. Resultados: A maioria dos discentes em medicina entrevistados acham muito importante o tema saúde e espiritualidade na prática profissional, principalmente relacionando a integralidade e a humanização do atendimento. A maior parte dos entrevistados considera que a espiritualidade influencia positivamente na saúde do paciente, entretanto a maioria dos discentes consideram a falta de conhecimento teórico e de conhecimento prático como principal entrave na abordagem desta temática na prática clínica. A maioria dos entrevistados consideraram ainda bastante importante discutir esta temática na graduação e ter esse tema incluído na matriz curricular do curso de medicina. Palavras-chave: Espiritualidade; Educação em Saúde; atenção à saúde integral