O perfil da mulher com Diagnóstico de Doença Trofoblastica Gestacional (DTG) internada na enfermaria de ginecologia no período de janeiro a dezembro de 2012 em um Hospital Escola na cidade do Recife

Abstract

RESUMO Introdução: A Doença Trofoblastica Gestacional (DTG) é uma complicação da gestação e apresenta como forma clinica a mola hidatiforme que pode ser completa e parcial; a mola invasora, que invade a parede uterina, podendo atingir outros órgãos, como pulmão e fígado,além do Tumor Trofoblástico no leito placentário, que são células trofoblásticas que invade o endométrio e o coriocarcinoma, que é maligno e também pode atingir outros órgãos. O tratamento é a curetagem, podendo realizar a curetagem a vácuo aspiração que é mais indicada pela literatura, pois diminui o risco de perfuração uterina e hemorragia, além da quimioterapia, histerectomia, e o segmento pós-molar para evitar a recidiva. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico e o tratamento ao qual foram submetidas as mulheres com diagnóstico de Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) acompanhadas em um Hospital Escola na cidade do Recife no período de Janeiro à Dezembro de 20012. Métodos: Trata-se de um estudo com caráter descritivo, retrospectivo, quantitativo. O estudo foi realizado no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), que é um centro de referência e atende a clientela materno infantil e a saúde do adulto, credenciado como Hospital Escola. O período do estudo foi entre os meses novembro de 2013 a abril de 2014. A população do estudo foi constituída por todas as mulheres acompanhadas na enfermaria de ginecologia do IMIP por DTG, no período de janeiro a dezembro de 2012, perfazendo um total de 57 mulheres. O período de coleta dos dados foi de janeiro e fevereiro de 2014, sendo os dados coletados em prontuário resgatados no arquivo após identificação destes a partir do censo hospitalar do setor de ginecologia, a partir de um formulário criado especificamente para este fim. Os critérios de inclusão foram de mulheres com diagnostico de DTG internadas na enfermaria de ginecologia. Foram excluídas as mulheres internadas na ginecologia com outras patologias ginecológicas. Foi elaborado um banco de dados no Excel a partir dos dados coletados nos formulários específicos. A análise dos dados foi efetuada utilizando-se o programa EPIINFO 3.5.2. Sendo descrito os resultados sob a forma de tabelas e figuras. O estudo atendeu às determinações da Declaração de Helsinque e suas emendas posteriores, referentes a pesquisa em seres humanos e aos termos da Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Sendo preservada a confidencialidade dos dados e a identidade dos sujeitos da pesquisa, cujos resultados da análise serão voltados exclusivamente para fins científicos. O estudo só foi iniciado após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do IMIP, sob o nº3876, sendo solicitado dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: dos 57 prontuários estudados 45,6% das mulheres jovens adultas era diagnosticadas com a DTG, 49,1% eram do interior, 28,1% eram solteiras. 40,3% possuíam um grau de escolaridade de nível médio completo. 47,4% tiveram menarca entre 12 e 13 anos de idade, 56,1% tiveram sua coitarca entre 12 e 17 anos, 89,4% destas mulheres tiveram entre 1 a 5 gestações e 57,9% nunca abortaram, 91% tiveram a Mola Hidatiforme, 5%Mola invasora e 4%, coriocarcinoma. Foi realizada curetagem como tratamento em 93% das mulheres. Palavras-chaves: Mulheres, Mola Hidatiforme, Perfil.