Análise de terapias antimicrobianas em cuidados paliativos

Abstract

Introdução: A falta de orientações delineadas sobre o uso de antimicrobianos em cuidados paliativos leva a um número crescente de pacientes recebendo tratamentos não potencialmente paliativos e desnecessários para a infecção acometida. Objetivo: O presente estudo buscou avaliar os antimicrobianos prescritos em uma enfermaria de cuidados paliativos. Caracterizando as variáveis sociodemográficas dos pacientes e seus PPS. Como também analisando a segurança da farmacoterapia, sua indicação terapêutica e o perfil farmacoeconômico desses fármacos. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, observacional de caráter descritivo utilizando dados secundários, realizado por meio da análise dos prontuários e prescrições de pacientes que utilizaram um ou mais antimicrobianos entre janeiro de 2019 a janeiro de 2020. Resultado: Observou-se nas 114 prescrições uma predominância de pacientes com PPS 30. As principais indicações terapêuticas para o uso dos antimicrobianos foi para o combate as infeções do trato respiratório (ITR), lesão cutânea (LPP) e trato urinário (ITU). Tendo como a classe mais prescrita os ß-Lactâmicos. Em relação as possíveis interações medicamentosas se observaram que 67,5% das prescrições não possuíam nenhum tipo de interação com os antibióticos. Os fármacos meropenem 1g (FA), ceftazidima 1g (FA) e ceftriaxona 1g (FA) corresponderam a 58,79% dos gastos totais dos 168 antimicrobianos analisados. Conclusão: Pesquisas nesse ramo é essencial para a estruturação de diretrizes na finalidade do uso de antimicrobianos nessa população crescente de serviços de saúde. Para que a tomada de decisões sobre o seu uso possa futuramente ser feita como parte do planejamento antecipado dos cuidados.