Análise do teor de iodo em sais de cozinha comercializados na região metropolitana do Recife

Abstract

RESUMO Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o sal para consumo humano refere-se ao cloreto de sódio cristalizado extraído de fontes naturais, adicionado obrigatoriamente de iodo. O iodo é um mineral essencial para o bom funcionamento do organismo, pois é fundamental para a formação dos hormônios T3 e T4, que são hormônios tireoidianos relacionados com o metabolismo das células, além de estarem relacionados com o crescimento e desenvolvimento humano. Dessa forma, a ingestão inadequada deste micronutriente pode levar a disfunção tireoidiana, causando uma série de condições adversas a saúde, como o bócio, cretinismo em crianças, entre outros. Por outro lado, a ingesta excessiva, também é prejudicial, podendo aumentar a prevalência de tireoidite de Hashimoto. O Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo é uma das ações mais bem sucedidas no combate aos distúrbios desta natureza e prevê uma faixa de 15 a 45mg de iodo por quilograma de sal. O presente estudo teve por objetivo avaliar o teor de iodo presente em amostras de sal de cozinha comercializados na Região Metropolitana de Recife. Para tanto, foram analisadas quantitativamente o teor de iodo de quinze amostras de sais de cozinha segundo as normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Foi observado que 47% das amostras não satisfazem a exigência da legislação em vigor. Diante do exposto, torna-se urgente uma maior fiscalização por parte das entidades competentes para que a exigência da fortificação universal do sal de cozinha bem como o programa de prevenção e combate a deficiência de iodo sejam respeitados e cumpridos pelas indústrias. Palavras-chave: Iodação; Bócio; Alimentos fortificados; Cloreto de sódio.