Perfil clínico e suporte ventilatório dos neonatos filhos de mães com Covid-19 em um hospital de referência no recife: um estudo descritivo e retrospectivo

Abstract

RESUMO Objetivo: Identificar o perfil clínico e suporte ventilatório dos neonatos filhos de mães com coronavírus, em um hospital do Recife – PE. Métodos: Estudo transversal, de caráter descritivo e retrospectivo, com 71 neonatos nascidos de mães com teste RT-PCR positivo. A coleta foi obtida através de uma busca no sistema MV de registros do IMIP, durante o período de março de 2020 a março de 2021. Dos prontuários dos recémnascidos, foram coletados os dados: tipo de parto, idade gestacional (IG), sexo do neonato, (prematuridade), APGAR no primeiro e quinto minutos de vida, diagnóstico, tipo de terapia ventilatória, alta e óbito. Resultados: Foram verificados 71 prontuários, destes, 60 atenderam aos critérios de elegibilidade. Observou-se um maior percentual de partos cesáreos (83,3%), prematuros (58,3%) e do sexo feminino (56,7%), com média da IG de 35,5 semanas (DP = + 3,2) e média de peso ao nascimento de 2.632,7 kg (DP = + 760,02g). Sobre a avaliação do APGAR, no 1º minuto, 23,3% dos RNs apresentavam uma pontuação < 7, com melhora no 5º minuto, onde 93,3% obtiveram pontuação ≥ 7. Quanto ao aspecto clínico dos RNs, 56,7% apresentavam Bom Estado Geral. Do ponto de vista respiratório, os diagnósticos mais prevalentes foram a Taquipnéia Transitória do Recém-nascido 26,7% e a Síndrome do Desconforto Respiratório 20%, porém, 61,7% não precisaram de suporte ventilatório, e dentre os que precisaram, o Pressão Contínua nas Vias Áreas foi o mais utilizado (21,7%). Quanto ao resultado do teste RTPCR dos recém-nascidos, 21,7% testaram positivo. Conclusão: Apesar da prematuridade, poucos recém-nascidos apresentaram desconforto respiratório e necessidade de suporte ventilatório, evoluíram com sintomas leves, obtendo boas condições clínicas e alta. PALAVRAS-CHAVES: coronavírus; recém-nascidos prematuros; gestantes; pandemia.