Análise dos fatores relacionados à falha de extubação em lactentes submetidos à cirurgia cardíaca congênita

Abstract

RESUMO Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) são definidas como defeitos estruturais e/ou funcionais do sistema circulatório que provocam alteração no fluxo sanguíneo. Crianças que são sujeitas a cirurgia reparadora, são ventiladas mecanicamente e podem ser extubadas ainda no bloco cirúrgico. Esse procedimento é o mais recomendado, porque reduz as taxas de complicações e permanência hospitalar. Objetivo: Analisar os fatores relacionados à falha de extubação em lactentes submetidos à cirurgia cardíaca em um hospital de referência no Nordeste do Brasil. Método: foi realizado um estudo transversal com dados retrospectivos, no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - Professor Luiz Tavares (PROCAPE), foram incluídos lactentes até 24 meses internados na unidade de terapia intensiva cardiológica entre janeiro de 2017 a dezembro de 2021. Sendo a população do presente estudo composta por lactentes submetidas à cirurgia corretiva de cardiopatia congênita. Os testes utilizados foram o teste qui-quadrado de Pearson e teste exato de fisher para análise da associação entre a falha de extubação e variáveis clínicas e demográficas. Resultados: Participaram da pesquisa 134 lactentes de pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica, destes, 20 lactentes (14,9%) obtiveram a falha de extubação. Constatou-se que o tipo de cardiopatia congênita, o IMC, o uso da CEC e a faixa etária até 28 dias de vida não apresentaram uma associação significativa com a falha de extubação. Foi possível demonstrar que a faixa etária inferior a 12 meses apresentou-se como um fator de risco para a falha na extubação. Conclusão: lactentes submetidos à cirurgia cardíaca com idade inferior a 12 meses de vida tem mais risco para a ocorrência de falha na extubação. Palavras-chave: cardiopatias congênitas; extubação; lactentes; cirurgia cardíaca.