Frequência de vacinação e motivos para hesitação vacinal para Covid-19 entre cuidadores de crianças atendidas em hospital de referência no nordeste do Brasil

Abstract

RESUMO Objetivos: Avaliar a frequência da vacinação contra a COVID-19 em crianças na faixa etária dos cinco aos 12 anos acompanhadas no ambulatório de Pediatria do Instituto de Medicina Integral Prof Fernando Figueira (IMIP). Método: Estudo de corte transversal com componente analítico realizado com 161 pacientes entre cinco e doze anos nos ambulatórios de Pediatria do IMIP durante a pandemia da COVID-19. As informações foram obtidas através de entrevistas com os participantes e confirmação do número de doses para vacina COVID-19 no cartão vacinal. Resultados: A frequência de estado vacinal completo para COVID-19 foi de 66,5%. Observou-se média de idade de 7,85 anos, com 56.5 % do sexo masculino. A maioria eram eutróficas (73.9 %), residiam na Região Metropolitana do Recife (63,6%) e 43,1% eram evangélicas, não sendo encontrada associação estatisticamente significante entre essas variáveis e o esquema vacinal completo. Receber auxílio de programa social e renda mensal de até um salário mínimo mostrou associação estatisticamente significante, com valor de p 0,025 e 0,021, respectivamente. Os motivos para não adesão ao esquema vacinal completo foram o medo dos efeitos adversos da vacina (37%) , seguido pela necessidade de maiores informações sobre a vacina e/ou vírus (24%) e a falta de vacina no posto de saúde (13%). A impossibilidade de ir ao posto vacinar também foi um dos motivos citados pelos participantes para a ausência de vacinação completa (5,6%). Conclusão: Diversos fatores podem influenciar na adesão à imunização contra o COVID-19, sendo preciso desmistificar inverdades, orientar sobre o imunizante e a prevenção do vírus para que assim se chegue a uma cobertura vacinal satisfatória. Palavras-chaves: Imunização. Infecções por Coronavirus. Crianças. Vacinação.