Nutrição de recém-nascidos prematuros internados em uma unidade de terapia intensiva e sua relação com desfechos neonatais: um estudo transversal

Abstract

RESUMO OBJETIVO: Avaliar a nutrição ofertada a recém-nascidos prematuros internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de um hospital de referência e sua associação com desfechos neonatais. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, de coorte transversal, utilizando dados do projeto âncora “Efeitos de estímulos olfativos e gustativos na nutrição de prematuros: ensaio clínico randomizado duplo-cego”. Desenvolveu-se a pesquisa na UTIN do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). A amostra foi composta por prematuros internados, com idade gestacional entre 28 e 32 semanas e/ou peso entre 1.000g e 1.500g, em nutrição enteral exclusiva ou nutrição enteral/parenteral. Foram analisadas variáveis como tempo de internamento, uso de sonda orogástrica ou nasogástrica, recuperação do peso do nascimento, ganho de peso após a recuperação e o uso de leite materno exclusivo na alta. A análise estatística foi feita com os programas Epi-Info versão 7.1.3.10 (CDC, Atlanta) e STATA/SE 13.1, considerando estatisticamente significante p < a 0,05. RESULTADOS: Houve significância estatística quanto à permanência da sonda: recém-nascidos em nutrição parenteral permaneceram 43,37 + 23,79 dias, enquanto os com nutrição enteral exclusiva permaneceram 25 + 13,85, p = 0,005. O ganho de peso médio foi de 809,8 + 611,60 no grupo enteral exclusivo e 678,50 + 435,40 (p=0,068) no grupo combinado, sem diferença estatística. CONCLUSÃO: Apesar da ausência de diferenças significativas no ganho de peso, o início precoce da alimentação e a avaliação nutricional são essenciais para o desenvolvimento desses neonatos. Palavras-chave: Prematuridade. Comorbidade. Dados Antropométricos. Nutrição parenteral. Nutrição enteral.