As consequências sociais da seletividade alimentar em mulheres com diagnóstico tardio de Transtorno do Espectro Autista- (TEA)

Abstract

RESUMO Este trabalho teve como objetivo investigar a seletividade alimentar em mulheres adultas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco em seus impactos sociais, emocionais e comportamentais. A pesquisa, de natureza quantitativa e qualitativa, foi realizada por meio de um questionário estruturado, aplicado online, que contou com a participação de 84 mulheres. Os dados revelaram que 84,5% das participantes relataram apresentar seletividade alimentar, sendo os principais fatores associados à textura (81%) e ao cheiro dos alimentos (72,6%). A amostra apresentou distribuição nacional, com maior concentração no Sudeste (33,3%) e Nordeste (29,8%), seguidas pelas regiões Norte (13,1%) e Centro-Oeste (13,1%). Observou-se ainda que 73,8% das respondentes afirmaram adotar estratégias de enfrentamento em contextos sociais, como evitar eventos com comida ou informar previamente sobre suas preferências alimentares. Os resultados evidenciaram a necessidade de maior acolhimento e compreensão nos atendimentos nutricionais e psicológicos, bem como de adaptações nos serviços às especificidades das mulheres autistas.

Palavras-chave: seletividade alimentar; mulheres; autismo; diagnóstico tardio; impacto social.