A importância do ensino das plantas medicinais em uma instituição de ensino fundamental no Recife

Abstract

RESUMO Introdução: As plantas medicinais constituem os primeiros instrumentos terapêuticos da humanidade, com registros históricos desde civilizações antigas e presença marcante no Brasil pela contribuição dos saberes indígenas, africanos e europeus. Assim, ações pedagógicas nas escolas tornam-se fundamentais para aproximar crianças da natureza, reduzir riscos à saúde e estimular a formação de adultos mais conscientes e comprometidos com a sustentabilidade. Objetivo: Formular uma abordagem educacional que integre o conhecimento sobre plantas medicinais no processo de ensino-aprendizagem de crianças. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, transversal e quantitativo, realizado entre junho e agosto de 2025 com discentes do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I da Escola Madre Tereza de Calcutá, em Recife–PE. A amostra por conveniência incluiu apenas crianças alfabetizadas da instituição, avaliando seu entendimento sobre plantas medicinais por meio de questionário semiestruturado. Os dados foram exportados para o Microsoft Excel e analisados de forma descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da FPS (CAAE: 88153225.0.0000.5569, parecer nº 3.990.651), seguindo a Resolução 510/16 do CNS. Resultados: A pesquisa contou com 16 discentes do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I, em sua maioria do gênero feminino e com idade média de sete anos. Observou-se que a convivência familiar era predominantemente com a mãe, que também se destacou como principal responsável pela atividade remunerada da família. Identificou-se ainda que mães e avós foram as principais responsáveis pelo preparo de plantas medicinais, evidenciando a transmissão de saberes tradicionais no ambiente doméstico. Os dados apontam que as crianças possuem conhecimento inicial sobre plantas, mas carecem de embasamento científico para o uso seguro, reforçando a importância do farmacêutico e da inclusão da temática no contexto escolar. Conclusão: A pesquisa evidenciou a relevância do farmacêutico na promoção do uso racional das plantas medicinais, articulando o conhecimento tradicional com o científico. No contexto infantil, destaca-se a necessidade de incluir no currículo escolar conteúdos de etnobotânica e ecopedagogia, a fim de aproximar os saberes tácitos das crianças aos embasamentos científicos sobre todos os aspectos que envolvam as plantas medicinais, uma vez que as plantas são uma fonte rica de substâncias bioativas que impactam, substancialmente, o funcionamento do corpo, caso seja utilizada de forma inadequada. Assim, o farmacêutico torna-se essencial na educação em saúde quanto na garantia da segurança terapêutica. Palavras-chaves: criança, plantas medicinais, educação, saúde.