Avaliação da atividade antioxidante da Myrcia hirtiflora DC. em ensaios in vitro E in vivo

Abstract

As modificações dos processos fisiológicos estão associadas ao envelhecimento, que é um processo natural do corpo humano. Algumas teorias afirmam que o envelhecimento e diversas doenças estão associadas ao estresse oxidativo que leva ao acúmulo de danos nas células. Oxidações químicas e enzimáticas provenientes do metabolismo mitocondrial ocasionam danos ao DNA através da formação de radicais livres. O objetivo deste estudo foi avaliar as atividades antioxidante, de extratos de folhas de Myrcia hirtiflora. Foi realizada a dosagem de compostos fenólicos e flavonoides e para avaliar a atividade antioxidante determinada pelo método de sequestro de radicais livres do DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazilo) e redução da complexação do Fosfomolibdênio. O extrato metanólico apresentou os melhores resultados na dosagem de compostos fenólicos e flavonoides, em sua maior concentração e no método de DPPH. Foram obtidos os seguintes resultados: 48,27 μg EAG/g para compostos fenólicos e 49,92 μg EQ/g para flavonoides. Já no sequestro do radical livre do DPPH obteve-se mais de 50% na concentração de 250 μg/mL. Para o método da redução da complexação do Fosfomolibdênio o extrato que apresentou melhor resultado foi o extrato de Acetato de etila com mais de 40% de redução do Molibdênio (+6) para Molibdênio (+5). Posteriormente foi analisado o extrato metanólico em Tenebrio molitor para avaliar a atividade antioxidante frente ao estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio (H2O2). Observou-se que o extrato metanólico teve um resultado satisfatório e a taxa de sobrevida foi de 70% após 30 horas para o grupo tratado com o extrato metanólico e 25% após 45 horas para o grupo tratado com o H2O2. Assim, estes resultados estimulam novas pesquisas sobre aspectos farmacológicos e citotóxicos dos extratos de M. hirtiflora a fim de apoiar a sua aplicação como agente antioxidante.