Análise da produção científica dos projetos de Iniciação Científica/CNPq-IMIP (2004-2011)

Abstract

Objetivo: analisar os dados da produção científica do programa de iniciação científica do IMIP-CNPq no período 2004-2011. Método: estudo de corte transversal utilizando-se como unidade de análise os projetos desenvolvidos no Programa de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/IMIP) desde a sua implantação em 2004 até 2011. Foram analisadas as seguintes variáveis relacionadas ao bolsista: curso, ano e instituição; Em relação ao orientador: formação, tempo de titulação e linha de pesquisa. Em relação ao projeto: tipo de estudo, financiamento e divulgação (publicados/apresentados em eventos científicos). Os dados foram coletados a partir dos projetos arquivados na diretoria de pesquisas do IMIP e complementados por meio das informações disponíveis na Plataforma Lattes do CNPq. A análise estatística foi realizada através do programa EpiInfo 3.4.3. Foram feitas frequências relativas e absolutas das variáveis. O projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IMIP. Resultados: Dos projetos analisados, dois não foram concluídos. O número de bolsas aumentou gradativamente, iniciando com 10 bolsas em 2004 e em 2011, havia 51. Em relação às instituições, a FPS concentrou cerca de 90% do total de bolsas, a partir de 2008. Entre os cursos, Medicina predominou (84,3%), seguida por Enfermagem (4,9%). Apenas 27 projetos (9,6%) receberam financiamento. O tempo médio de titulação dos pesquisadores foi 7,5 anos de conclusão do doutorado. O tipo de estudo predominante foi o desenho de corte transversal (67,0%), seguido pelo estudo de coorte (10,6%). A divulgação dos resultados dos estudos em congressos científicos foi baixa (22,7%), assim como as publicações em periódicos (27,3%). Conclusão: O programa de Iniciação científica do CNPq-IMIP é uma estratégia de incentivo para estudantes e professores desenvolverem pesquisas na área de saúde, porém há necessidade de melhorar a distribuição das bolsas entre os diferentes cursos, bem como ampliar a divulgação das pesquisas realizadas.