Efeitos adversos do tratamento quimioterápico ambulatorial

Abstract

Objetivos: Descrever as características dos efeitos adversos observados em pacientes em tratamento quimioterápico no ambulatório de oncologia do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - IMIP. Métodos: Estudo observacional de seguimento, cuja coleta de dados foi realizada de setembro/2012 a fevereiro/2013 com amostra total de 126 pacientes. Após entrada no estudo, antes da realização do primeiro ciclo de quimioterapia, os pesquisadores aplicaram formulário constando perguntas sobre as características sociodemográficas e clínicas. Após finalização de cada ciclo da quimioterapia, os pacientes foram entrevistados novamente utilizando instrumento para avaliar performance status, peso, exames laboratoriais, efeitos adversos e suas consequências. Foram consultados os prontuários, quando necesário. Resultados: Os diagnósticos mais frequentes foram câncer de mama (39%), de pulmão (13%) e de ovário (9%). Dentre os efeitos adversos, destacaram-se: fadiga (85%), anemia (80%), alopécia (75%), xerostomia (72%) e náuseas (71%). Em relação às consequências dos efeitos adversos por toxicidade durante os três ciclos, ocorreram 10 suspensões, 13 internamentos, 32 adiamentos e 4 óbitos. Os esquemas quimioterápicos mais utilizados foram Adriamicina e Cicloflosfamida (30%), e Carboplatina e Paclitaxel (26%). Conclusão: Observou-se uma alta prevalência de efeitos adversos decorrentes da quimioterapia, sendo a avaliação dos mesmos um aspecto importante para decisão do tratamento pelos profissionais de saúde.