Prevalência da regurgitação da valva tricúspide em fetos de população de baixo risco obstétrico

Abstract

Objetivo: O objetivo do estudo foi determinar a prevalência da regurgitação da valva tricúspide em fetos de gestantes de baixo risco. Métodos: Este é de um estudo de corte-transversal em gestantes de baixo risco, entre os 2º e 3º trimestres gestacionais, que realizaram a ecocardiografia fetal entre 01 de agosto de 2014 e 31 de julho de 2015, em um centro de medicina fetal da cidade de Recife – PE. A presença e o grau da regurgitação da valva tricúspide foram analisadas. As gestantes enquadradas nos critérios de baixo risco e cujos fetos apresentaram regurgitação da valva tricúspide foram entrevistadas a fim de se obter informações pósnatais, tais como se a ecocardiografia pós-natal havia sido realizada e quais os resultados deste exame. Resultados: A prevalência de regurgitação da valva tricúspide fetal foi de 8,17% na população do estudo. Quanto ao grau da regurgitação, 85,7% apresentaram grau leve. Na avaliação pós-natal, 66,67% das crianças realizaram a ecocardiografia. Dessas, 92,86% apresentaram exame sem alterações e 7,14% persistiram com regurgitação da valva tricúspide. Conclusão: A regurgitação da valva tricúspide em fetos com anatomia cardíaca normal durante os 2º e 3º trimestres gestacionais é uma condição comum em gestantes de baixo risco e, aparentemente, não está associada a nenhuma anormalidade cardíaca ou necessidade de intervenção neonatal.